sábado, 17 de maio de 2008

Down em min - parte I

Sábado, 17 de maio, 9h30 da manhã.

O telefone toca:

- Onde você está? - Era a Majô.

- Como assim, onde eu estou? Não sabe pra onde ligou?

- Quero dizer, cadê o seu post no blog?

- Ah, é isso... Não estou a fim de escrever nada.

- Sai dessa, amigo! Vai ficar assim, sem fazer nada, até quando?

- Eu estou bem, Marjorita. Trabalhando, dormindo, comendo, curtindo a minha vidinha de solteiro...

- Acorda, Jotapê! Você não tem vidinha de solteiro. Nem de solteiro nem de namorado da Leandra. Acabou!

Ela tinha razão. Tudo o que eu fazia desde a sexta-feira passada era esperar o chamado do telefone. E não exatamente por uma ligação da Majô...

 

Sexta-feira, 9 de maio, 9h30 da noite

Alguém bate à porta:

- Oi, queridão - diz a voz de Leandra, do outro lado.

Foi PH, meu irmão, quem atendeu. Ela o cumprimentou com falsidade (Leandra odeia o PH) e tratou logo de me puxar para o quarto. Leandra e eu quase não nos encontramos nos últimos tempos, e recentemente ela parecia interessada apenas em transar e mais nada.

Mas do que eu estava reclamando, afinal? Esse não era o sonho de qualquer homem? Provavelmente, sim, se eu não a conhecesse o suficiente para saber que havia algo errado. Ainda mais depois dos mais de quatro meses que ela me deixou na saudade.

Mal fechei a porta do quarto e ela começou a tirar a roupa. Depois veio pra cima de mim. Estava um pouco acima do peso, a Leandra, mas nada que me fizesse perder o interesse por ela ou mesmo me deixar a meio mastro ou coisa do tipo.

- Espere aí, não vamos começar com isso de novo. Não sem antes a gente conversar a sério. O que há de errado? Você não é assim - eu disse.

- Nem você. Vai negar fogo, agora?

- Não é isso, você sabe.

- Vamos lá, João Pedro. Desembucha! O que você quer que eu diga?

- Você sabe. Eu sei que está me escondendo algo...

- Ora, deixe de ser ridículo! Quer que eu confesse o quê? Que dei uns beijos no Gaguinho na época da banda? Todo mundo sabe disso, inclusive as suas amiginhas "Tomebota"!

- C-Como? - gaguejei, involuntariamente. - Você ficou com aquele baterista idiota enquanto a gente namorava?

- João Pedro, eu namoro com você desde que eu me conheço por gente. E eu não fiquei com ele, não. Eu DEI pra ele! Exatamente o que estou tentando fazer agora com você, aqui, pelada! Será que dá pra esquecer isso de uma vez e tirar essa roupa também?

 

Sabado, dia 17 de maio, fim de tarde.

Tudo bem, confissões demais pra um dia só. Querem saber, até agora não doeu relembrar o que aconteceu. Será que estou curado?

Um comentário:

Anônimo disse...

nao comentei antes pq vc sabe q se eu dissesse alguma coisa com cabeça quente eu ia apelar. mas nao com ela, com vc mesmo.