você desperta do sono sem abrir os olhos,
mas sabe que não está na sua cama.
é outra textura, outra maciez do colchão, outro cheiro.
e tem um braço embaixo da sua nuca.
a posição te incomoda e vc decide abrir os olhos.
e vê ao seu lado um rosto pouco conhecido.
fica observando os traços por alguns segundos,
a curva do nariz, os contornos da boca, os olhos.
repara nas remelas e acha engraçado.
respira fundo.
é hora de levantar.
mas você ainda não quer, está com um pouco de preguiça.
quer preservar por alguns minutos ainda o gosto de cabo de guarda-chuva que tem na boca.
pois sabe que, uma vez de dentes escovados, uma vez de roupa,
uma vez em pé a caminho da porta,
não vai mais voltar.
a Bia insiste em dizer q esse meu pensamento é bobagem. "ele vai te ligar, eu tenho certeza", ela diz. eu tento, mas é difícil faze-la entender que eu não estou nenhum pouco preocupada com isso, que tanto faz, uma vez se bastou. "não é possível, Majô, pq vc fica se fazendo de durona? vc nao gostou do cara?" e tento traduzir pra uma liguagem q talvez ela entenda: "Já ouviu falar em remédio de dose única, dona enfermeira?"
quarta-feira, 9 de julho de 2008
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3 comentários:
E aí, não ligou mesmo? Que viado! Quer dizer, melhor eu ficar quieta...
Majoca, não me diga que vc partiu mais um coraçãozinho masculino?
bia, não.
jotapê, não. foi tudo sem heartfeelings.
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